quarta-feira, 30 de abril de 2008

Foto: Tiago Ferreira/Site do Macaé EsporteCopa Rio: segunda rodada
A segunda rodada da terceira fase da Copa Rio aconteceu à tarde. O Macaé conquistou mais um bom resultado: empatou em 1x1 com o Boavista, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Zada abriu o placar para os macaenses e o zagueiro Hélder empatou, a quatro minutos do fim. Jogando em casa, o Aperibeense ficou no 0x0 com o Resende. O mesmo placar foi registrado na Rua Bariri para o confronto Olaria e Americano. Em seus domínios, o Cardoso Moreira decepcionou de novo e perdeu para o Duque de Caxias por 2x0. Neste momento o Quissamã enfranta a Cabofriense, em Cabo Frio.
Foto: Álvaro Marcos
Eraldo na cabeça

Por Stefano Salles/FutRio

O jornalista Eraldo Leite, do Sistema Globo de Rádio, foi declarado vencedor da eleição disputada nesta terça-feira, que definiu a nova diretoria da Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (Acerj). Eraldo venceu com 66 votos, contra 51 do adversário e então presidente da entidade, Pedro de Jesus Costa. O resultado não foi imediatamente homologado porque pessoas ligadas à administração de Pedro aproveitaram um momento de confusão para fazer sumir as duas urnas da votação do interior, que ocorrera na véspera.


Sem as urnas do interior, o promotor aposentado e presidente da mesa, Carlos Felipe, se recusou a declarar Eraldo vencedor. A urna de Barra Mansa recebeu 39 votos, contra 25 de Campos. Os profissionais de imprensa da cidade norte-fluminense calculavam que Eraldo, campista, teria na urna da região 21 votos, contra 4 de Pedro. Quanto a Barra Mansa, não havia estimativas.

Foi grande a confusão, houve brigas e em alguns momentos o pleito fez lembrar a última eleição do Vasco. O caso foi parar na 18ª DP (Praça da Bandeira). Eraldo registrou o furto das urnas e Carlos Felipe terminou por declará-lo oficialmente como o vencedor da disputa. O novo presidente da entidade não terá muito tempo para comemorar: tomará posse já nesta quarta-feira, às 13 horas, na sede da entidade, e acredita que terá muito trabalho pela frente.

“Tudo o que aconteceu ontem, a falta de competência, práticas ultrapassadas da última diretoria e as manobras de Pedro Costa e seus asseclas para atrapalhar a disputa só demonstram uma coisa: a Acerj acabou. Precisaremos recriar a Acerj. Teremos uma nova Acerj. A nossa primeira medida será fazer uma espécie de recenseamento, para descobrirmos quem somos e quantos somos. Na eleição, muitos dos profissionais registrados não puderam votar porque na credencial constava a categoria provisório”, afirmou o novo presidente da entidade.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Foto: Álvaro Marcos
Eraldo na Acerj
Em período de eleições na Associação dos Cronistas Esportivos do Estado do Rio de Janeiro (Acerj), o FutRio fez uma matéria bacana com o candidato da oposição, Eraldo Leite. A votação começou ontem, no interior, e será encerrada nesta terça-feira, na capital. Vale conferir a reportagem, feita pelo companheiro Stefano Salles, e guardá-la, já que Eraldo promete dar "cara nova" à entidade. Para ler, basta clicar no link http://www.sidneyrezende.com/sec_futrio_noticia_time.php?id=929

Foto: Globoesporte.com
Gol contra
Uma das melhores matérias do ano até agora para quebrar a monotonia do noticiário esportivo foi essa do Ronaldo “Fenômeno” com três travestis na madrugada da Barra da Tijuca. O craque, conhecido também entre os amigos por sua performance com o sexo oposto, fez um tremendo gol contra. Dizer que confundiu esse rapaz barbudo da foto aí de cima com mulher é dose. Vai dar desculpa esfarrapada assim lá em Milão! Para quem só apareceu bem acompanhado até hoje... A fase, definitivamente, não é boa. Imagino a cara do Dunga, quando viu isso. Será que ele pensa em, um dia, dar nova chance ao Ronaldo na Seleção? E os conservadores dirigentes do Milan, o que terão achado dessa conversa fiada toda? Ronaldo ganha uma fortuna, vem para o Rio se tratar e aparece na mídia do mundo inteiro nessa situação. E olha que nem comentei sobre a história da cocaína. Independente de qualquer coisa, esse caso não cheira nada bem.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Foto: Tiago Ferreira/Site Macaé
Gols da Copa Rio
Vários times da região entraram em campo no fim de semana pela Copa Rio. Destaque para o jogo Quissamã 0x2 Macaé, em Quissamã, gols de Bill e Bruno Mezenga. Apesar do placar, o melhor em campo, de acordo com a própria assessoria do Macaé Esporte, foi o goleiro Éverton. Além de pegar um pênalti cobrado por Fabrício, fez outras belas defesas. Em Campos o Americano, a base dos garotos promovidos dos juniores, ficou no 0x0 com o Duque de Caxias. Na estréia do técnico Marquinhos Curtição, o Cardoso Moreira perdeu para o Olaria por 3x1, fora de casa - golzinho de honra de Fábio Tosca. Já o Aperibeense confirmou a boa fase e, com um gol de Luís Cláudio, derrotou o Madureira por 1x0, em Aperibé.
Foto: Fotocom.net
A diferença está no banco
Flamengo e Botafogo têm, em tese, equipes do mesmo nível. Com o time completo, a balança pende, de leve, para o lado alvinegro. Mas acabou, faz tempo, a época em que praticamente só os 11 titulares jogavam. E aí é que a coisa muda totalmente de figura. Quando olha para o banco de reservas, Joel Santana encontra alternativas capazes de mudar o panorama de uma partida. Foi assim na decisão da Taça Guanabara e ocorreu novamente ontem. Não se pode colocar apenas na conta da coincidência o fato de a jogada do gol rubro-negro ter sido feita justamente por dois jogadores que entraram no segundo tempo. Cuca, ao contrário, parece causar calafrios na torcida botafoguense a cada mexida. O mesmo erro do ano passado se repete novamente. O Botafogo não tem um grupo coeso. Prova disso é a falta que fizeram jogadores limitados como Alessandro e Triguinho, obrigando o treinador a colocar dois volantes nas laterais. Com o setor defensivo improvisado, o reflexo imediato se deu no meio-de-campo. Por conseqüência também no ataque, desfalcado do polivalente Jorge Henrique. Do lado do Flamengo, troca de jogador e variação tática só fizeram a equipe crescer no jogo. Mesmo assim, o clássico foi equilibrado. Só que no confronto entre reservas, a bola de Eduardo bateu na trave. A de Obina, estufou as redes.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Foto: Globo Esporte.Com
Olha ele aí!
Aqui na região, ele foi muito bem no Americano e muito mal no Goytacaz. Quem se lembra de Washington, um atacante meio trombador, que veio de São Paulo? Pois bem, o cara, depois de fazer sucesso no Palmeiras, em 2005, teve uma fase ruim. Foi para o Sport, de Recife, e, apesar de uns golzinhos, não emplacou. Acabou no Konyaspor, da Turquia, e agora retorna à Portuguesa, onde viveu uma das melhores fases da carreira. Aos 29 anos, Washington, que tem contrato com o Verdão até 2009, é o novo reforço da Lusa para o Campeonato Brasileiro da Série A. Casado com uma campista, vira e mexe ele dá as caras por aqui.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Foto: Site do Botafogo
Dá o braço a torcer, Cuca!
Que Cuca é um dos melhores treinadores do país, todo mundo sabe. O que pouca gente especializada escreve, ou comenta, é que o técnico do Botafogo também tem um queixo duro difícil de digerir. Trata-se de um turrão, na melhor tradução do que quero dizer. Sem o uruguaio Castillo, escalou Renan diante da Portuguesa. Leia o post abaixo do MUMUNHA, no dia de ontem... Bem, depois de falhar escandalosamente no gol do Christian e quase entregar a classificação em outro lance salvo por Leandro Guerreiro em cima da linha, será que o menino vai ser titular contra o Flamengo, no primeiro jogo da decisão do Carioca? Cuca, Renan é um garoto. Tem só 18 anos. Lançar um goleiro nesta idade em um time de alta performance beira a insanidade. Aliás, como qualquer jogador no setor defensivo. Temerário ao extremo até do meio para a frente, só que o risco aparenta ser menor. Vá lá, Cuca, se não der para o Castillo, olhe para o Roger. Caso contrário, o Flamengo agradece. Veja no que deu ano passado: o inexperiente Júlio César fez bobagem atrás de bobagem e deixou o clube pela porta dos fundos. Lição se aprende. Permanecer no erro é burrice.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Foto: Site do Botafogo
Aposta ou falta de opção?
Cuca confirmou hoje Renan, 18 anos, foto acima, como titular para o decisivo jogo do Botafogo contra a Portuguesa, amanhã, no Engenhão com 40 mil torcedores. O garoto vem das categorias de base, é da Seleção Sub-19 e aparenta ter pontencial para brilhar no futuro. Surge como questão de momento o risco de colocar um menino embaixo das traves logo na partida em que o time, se não sofrer gol algum, avança na Copa do Brasil. Todos os ingressos vendidos, casa cheia, responsabilidade enorme. Típica situação limite entre ser herói ou vilão. Não o rapaz, inexperiente e com toda a carreira pela frente. Falo do treinador, ao apostar tão alto. Por prudência, o camisa um seria Roger, 35 anos, já calejado até pelos anos esquentando bancos de reservas. Na falta do instável uruguaio Castillo, esse, sim, um goleiro inseguro que se agiganta em decisões, tomara o destino alvinegro não estar só nas mãos do técnico.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Foto: Fotocom
Tchau, Natalino!
Lá se vai o Joel Santana, encantado com outra bela proposta do exterior. Da última vez que deixou o Flamengo foi a mesma coisa: o dinheiro do Japão falou mais alto. Agora é a África do Sul, sede da próxima Copa do Mundo. O Natalino está certo. Tem mesmo de aproveitar bons momentos para encher o cofrinho. Depois de inúmeras contestações a seu trabalho no Brasil, ele chegou a um patamar mais elevado. Agora tem o merecido respeito profissional, embora ainda não esteja no seleto grupo dos cinco principais treinadores do país. Sua inseparável prancheta, já batizada na Ásia, desta vez recebe o carimbo africano. Dependendo dos resultados, não será surpresa se, daqui a um tempo, Joel parar na Europa. Ou, na pior das hipóteses, retornar com o bolso mais abastecido e tendo inúmeras portas abertas.

domingo, 20 de abril de 2008

Totalmente desnecessário
Geneton Moraes Neto é um dos grandes jornalistas do país. Já fez reportagens maravilhosas, provou seu talento em inúmeras situações. Só que neste domingo, a entrevista com Romário, exibida no Fantástico, da Rede Globo, foi patética. Isso para ser bem educado com a situação. Demonstrando total falta de sintonia com o mundo do futebol, Geneton fez perguntas óbvias, dignas de um estagiário do interior, e olhou para a papeleta à sua frente todo o tempo. Muito, muitíssimo amador. Bem típico de quem não tem a mínima intimidade sobre o que está falando. Essa coisa de o jornalista endender de todos os assuntos tem limite. Geneton não precisava. Romário e os telespectadores não mereciam.
Enquete do momento
Tem nova enquete no Mumunha. Quem leva o título carioca? Botafogo ou Flamengo? Os votos estão disponíveis até um minuto antes da segunda partida decisiva. Vamos lá, votem aí.
Foto: Fotocom Dia de chororô
Se tem um dia em que o Botafogo poderia, com razão, reclamar da arbitragem, seria neste domingo. Apesar da vitória de 1x0 sobre o Fluminense, com um gol logo do Renato Silva, o alvinegro foi nitidamente prejudicado pelo apito do fraquíssimo senhor Wiliam de Souza Nery. Thiago Neves, foto acima, cometeu pelo menos três faltas pra lá de deselegantes logo no início do clássico. Logo ele, acostumado às botinadas adversárias. Não recebeu sequer uma advertência. No segundo tempo, houve um pênalti claríssimo em cima de Jorge Henrique, igonorado por Nery. O pior, entretanto, aconteceu com o lateral direito Alessandro. Recebeu um amarelo na etapa inicial em lance que não cometeu a falta. E no segundo tempo, foi na bola, sem infração, e levou o vermelho. Bem, tem dia que a sorte bafeja para um lado. E, hoje, foi o do Botafogo. Com toda a razão, a galera alvinegra tem que comemorar. Agora, sim, foi contra tudo e contra todos, ao contrário do chororô desnecessário e sem razão de ser na decisão da Taça Guanabara.
Deu zebra
Ninguém, absolutamente ninguém, acertou a enquete do MUMUNHA. Foram apenas quatro votos, é verdade. Três deles apontaram a vitória do Fluminense no tempo normal. E uma pessoa vislumbrou que o Botafogo ganharia nos pênaltis. A vitória do Botafogo dentro dos noventa minutos não foi apontada. Ou seja, traduzindo, todo mundo errou!

sábado, 19 de abril de 2008

Foto: Buda Mendes/Ferj
Foto: Vipcomm
Empate técnico
À luz da razão, me perece impossível imaginar, de antemão, um vencedor no clássico carioca que decide a Taça Rio. Botafogo e Fluminense são, talvez, os dois clubes mais equivalentes do estado no momento. Essa semana o globoesporte.com analisou com frieza e riqueza de detalhes as duas equipes e deu empate. O MUMUNHA comunga da opinião. Senão, vejamos; entre os goleiros, há equilíbrio. Castillo e Fernando Henrique alternam defesas espetaculares com falhas bisonhas. Os laterais e zagueiros tricolores são de nível pouco superior. O mesmo ocorre com a dupla de volantes do alvinegro. Daí para a frente, no meio, ou dá Botafogo ou a coisa fica igual. No ataque, Jorge Henrique é melhor que Cícero. Washington e Wellington Paulista, hoje, empatam. E no banco, Cuca leva vantagem sobre Renato Gaúcho. Em termos de torcida, o equilíbrio se mantém. Vale esta lógica para esquemas e variações táticas. Poderia ser a final do Campeonato Carioca. Teoricamente, estarão em campo, neste domingo, as duas melhores equipes do Rio de Janeiro. Meio milímetro, apenas, à frente do Flamengo, que compensa a diferença e, talvez, até a ultrapasse, nas arquibancadas.
Fotos : Site do Pacific Open


Momento relex
Hoje, 19 de abril, dia do índio, é aniversário de Maria Sharapova, a louraça do tênis mundial - 21 aninhos. Respeitando a opinião de um ex-namorado, que a considerou, digamos, uma jogadora amorosa bem chinfrim, o MUMUNHA resolveu, em decisão de seu corpo editorial, publicar fotos de suas rivais. E que adversárias, meus amigos. Bem, vamos à listagem para ninguém se perder. A moreninha de rabo-de-cavalo acima (primeira foto) é a bonitinha Yung-Jan Chan. De estilo mais firme, aparece Aravane Rezai. Esta terceira, caída no chão, atende pelo nome de Alicia Molik. Sem comentários. Parabéns, amantes das raquetadas.
Foto: Site da Ferj
Olhar experiente
Tem gente que torce o queixo para Mário Marques. Maus resultados, ele já colecionou. Como quase 100% dos técnicos brasileiros. Vale lembrar, porém, que, longe de ser uma sumidade, o ex-meia do Fluminense e do Bangu (entre outros clubes) tem dois pontos positivos no curriculum em pouco tempo. No segundo semestre do passado levou o Cardoso Moreira à Primeira Divisão. Agora, na elite, tropeçou feio com o Mesquita, verdade. Trocou de camisa e ajudou o Boavista, bem encaminhado pelas mãos de Edinho Nazareth, a chegar à Série C do Brasileirão. Mário passa a imagem de ser um sujeito simples e educado. No balanço de sua performance dos últimos oito meses, o saldo positivo prevalece. Caso seja mantido no clube de Saquarema, vai ter como prova de fogo um campeonato nacional. Talvez dê, aí, para avaliá-lo melhor.
Foto: Rafael Andrade/Folha Imagem
Sempre cabe mais um
Até dá para entender pelo lado comercial, mas parece meio estranho veículos de comunicação como Rede Globo e Folha de São Paulo, por exemplo, se referirem a Rexona e Finasa como Rio de Janeiro e Osasco, respectivamente. No vôlei feminino, e é comum acontecer também em outros esportes olímpicos, a empresa em questão não se limita ao papel de patrocinadora. Digamos que seja uma espécie de mantenedora, sem a qual a equipe não existiria. Bem, nomenclatura à parte, o Rexona (é assim que o MUMUNHA entende ser o correto para identificar o time) passou pelo Finasa por 3x1, de virada, na manhã deste sábado, no Maracanãzinho, e conquistou pentacampeonato da Superliga. Um jogão, como de hábito entre as duas maiores forças do país. Nesta foto, de Rafael Andrade, podemos constatar uma curiosidade: as duas jogadoras à esquerda da imagem são Renatinha (de mão estendida) e Fabi (talvez dando um tchauzinho). As duas já jogaram em Campos, defendendo o Automóvel Clube. Assim como o técnico do Finasa, Luizomar Moura, que ficou em terras locais durante quatro anos consecutivos. Hoje, o vôlei feminino de Campos se limita à competições de base. Enquanto quem já atuou aqui, discussões sobre verbas destinadas ao projeto à parte, está na elite nacional. É a vida. Parafraseando o blogueiro e pensador campista Roberto Moraes, "Campos precisa mudar".
Foto: Revista Época
Mais uma vez força, Casão!

Por Kátia Melo
"As pessoas que gostam de mim podem ficar tranqüilas: eu estou me tratando bem". Foram as primeiras palavras de Walter Casagrande Jr. a ÉPOCA, em seu primeiro depoimento em sete meses – desde que foi internado em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos. Casagrande, comentarista de futebol e ex-jogador, falou à revista na tarde desta sexta-feira, na clínica Greenwood, em Itapecerica da Serra, onde segue um rígido tratamento para se recuperar do vício.
Usando uma bata branca, calça jeans, tênis de cano longo e óculos escuros, Casagrande estava bem humorado e queimado de sol. Engordou 20 quilos desde que iniciou o tratamento – foi internado com 72 quilos, muito pouco para seu 1,91 metro, e agora está com 92. Fez questão de elogiar o trabalho feito pela clínica e de mandar um recado para outras vítimas de dependência: “As pessoas precisam aceitar que são dependentes e que estarão em recuperação diariamente, até o final da vida, porque a droga é sedutora.”
Ainda não há previsão para alta do jogador. Casagrande afirmou que pretende voltar a trabalhar como comentarista de futebol, colunista de jornal e apresentador de programa de rádio. Disse também que não está assistindo a jogos de futebol na TV, porque sente falta do trabalho como comentarista. Superar essa falta é um dos pontos de seu tratamento. Na clínica, ele participa das mesmas atividades de qualquer outro paciente, que incluem o cultivo de uma horta, sessões de relaxamento e até partidas de futebol na quadra da instituição. Ele só tem autorização para sair da clínica nas sessões de terapia familiar e nas consultas no dentista.
O ex-jogador está longe dos olhos do público desde setembro do ano passado, quando sofreu um grave acidente de carro em São Paulo. Casagrande foi internado na UTI do Hospital Albert Einstein, de onde saiu alguns dias depois diretamente para a clínica Greenwood. Foi internado por iniciativa da ex-mulher, Mônica, e de um dos três filhos, Victor Hugo, de 22 anos, conhecido como Kasinha. No dia do acidente, Casagrande estava acompanhado por Karine Vasconcellos, que saiu praticamente ilesa. A ÉPOCA, Casagrande fez questão de dizer que Karine nunca foi usuária de drogas.
Na entrevista, o ex-jogador falou em detalhes de seu envolvimento com cocaína e, "esporadicamente", com heroína. Revelou ter sofrido quatro overdoses entre 2005 e 2007. Casagrande disse ter levado quatro meses para aceitar a condição de dependente sob tratamento na clínica Greenwood. Hoje, porém, diz estar muito mais feliz: "Tenho prazer em sentir que estou evoluindo. A recuperação é muito mais difícil do que se afundar, mas posso falar com toda a certeza que é muito mais prazeroso estar se recuperando e limpo do que estar usando drogas.” Fez uma lista dos amigos que o têm apoiado: "Lobão, Serginho Groisman, Luciano Huck, Rodrigo, Frejat e Peninha, do Barão Vermelho; Nasi, do Ira!; Branco Mello, dos Titãs; Luís Carlini, ex-Tutti Frutti; e Paulo César Caju (ex-jogador). Eles me falavam para eu sair das drogas. Eu respondia que podia dar conta.”
A íntegra do depoimento de Casagrande estará na edição de ÉPOCA nas bancas neste fim de semana.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Arte: Blog do Vitor Longo BrazCorrida Artefísica
O próximo 27 de abril é um dia especial. Nesta data volta a acontecer em Campos uma das mais tradicionais provas de rua da região Norte Fluminense: a Corrida Artefísica. O fundador e organizador da competição, Vitor Longo Braz, espera reunir atletas de três estados; Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Professor de educação física, jornalista e blogueiro, Vitor Longo é, acima de tudo, um batalhador. Luta, briga, se esgoela em prol da melhoria do esporte no município e arredores. Sua guerra quase diária rende recompensas, claro. A maior, sem dúvida, é chegar à 16ª edição de uma brincadeira que, ao passar dos anos, virou exemplo de profissionalismo em organização, disciplina, dedicação e prova de amor ao que faz. Depois de um hiato em 2007 por falta de apoio, Vitor firmou parceria com a Fundação Municipal da Infância e Juventude. Cem crianças vão representar a instituição em um percurso diferente do que será percorrido pelos outros competidores. As inscrições vão até dia 25.
Quem quiser maiores informações, basta dar um "alô" para o próprio Vitor Longo pelo telefone (22) 9981-9117.
Ou acessar www.blogvitorlongo.blogspot.com.
Parecer, não parece, mas este blogueiro aqui disputou a primeira Corrida Artefísica, em 1991, defendendo a academia Dinâmica, que funcionava no térreo do Ouvidor Play Center. Era fininho, naquela época.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Nova enquete
Galera, tem nova enquete aqui do lado. A pergunta, agora, não poderia deixar de ser outra: quem leva a Taça Rio? São quatro opções;
Botafogo no tempo normal
Botafogo nos pênaltis
Fluminense no tempo normal
Fluminense nos pênaltis
Ah, a votação termina no domingo, às 15h59. Um minutinho antes de a bola rolar no Maracanã. Tá valendo.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Cuca e os outros
O MUMUNHA perguntou aos internautas: qual o melhor treinador brasileiro? As 11 opções, de acordo com o critério do próprio blog, foram as seguintes; Abel Braga (Internacional), Cuca (Botafogo), Geninho (Atlético Mineiro), Joel Santana (Flamengo), Leão (Santos), Luís Felipe Scolari (Seleção de Portugal), Mano Menezes (Corinthians), Muricy Ramalho (São Paulo), Vanderlei Luxemburgo (Palmeiras), Zico (Fenerbahçe) ou outro treinador. O resultado, em termos percentuais e números concretos, é este abaixo:
Cuca (30%) – 3 votos
Outro treinador (30%) – 3 votos
Joel Santana (10%) – 1 voto
Luís Felipe Scolari (10%) – 1 voto
Mano Menezes (10%) – 1 voto
Vanderlei Luxemburgo (10%) – 1 voto

sábado, 12 de abril de 2008

Foto: PhotocameraPalpite errado
Cravei no Vasco o palpite. Errei. É isso aí, faz parte do jogo. Só perde o pênalti quem bate. E só cobra quem assume a responsabilidade. Feito comentário mesmo. Muito parecido. Via de regra, a história se repete: quem tem personalidade, dá a cara à tapa. Agora, chegando para perto do jogo e das cobranças, cá para nós: o Antônio Lopes foi um pai para o Edmundo. Tirou o cara faltando três minutos para acabar o jogo. E foi padrasto para o lateral Pablo. Escalou o garoto e o colocou para efetuar o último chute vascaíno. Ele perdeu e, tomara, não tenha a carreira abalada por isso. O que não aconteceria com Edmundo. No máximo, diriam que ele pipoca em decisões da marca da cal. Incoerente, o Antônio Lopes. O malandro, experiente, foi preservado. E o menino, imaturo e começando a carreira, sacrificado. Mas o que esperar do delegado?
Um fora
Bem mais do que uma simples semifinal, o clássico Fluminense x Vasco, disputado neste momento no Maracanã, aponta daqui a pouco o primeiro clube grande fora da briga pelo título carioca. O mesmo não acontece amanhã com Flamengo e Botafogo em caso de vitória alvinegra. Como diria o amigo comentarista da Rádio Continental, Sérgio Cavalcanti, vamos aguardar.
Goyta virtual
O site do Goytacaz está bem bolado e dimensiona a paixão da torcida pelo clube. Só há um problema: quem acessa tem que assistir a uma animação de torcedores nas arquibancadas sem a opção de entrar direto no conteúdo. Apesar da crítica, vale a conferida, porque foi muito bem feitinho. O endereço aparece na listagem aqui ao lado, mas aí vai: www.goytacazfc.com

Foto: Photocamera
Foto: Vipcomm
Equilíbrio distante
Pela teoria, o que em futebol só serve para alimentar gente comentando coisas aqui e acolá, o Fluminense teria uma ligeira vantagem sobre o Vasco na semifinal de hoje da Taça Rio. Teria. Não fossem dois aspectos. O primeiro, tradicionalíssimo, de que em clássico não há favorito. O segundo, em se tratando das “baixas” tricolores nos últimos tempos. O decantado ataque com os “três tenores” desafinou quase antes de começar. Foi até bonitinho para a torcida ver em alguns poucos jogos contra os pequenos. Na hora de a “onça beber água”, com se diz na gíria radiofônica, duvido que Renato Gaúcho colocaria todos eles em campo. Bafejado pela sorte ou não, o treinador tricolor nem chegou a ter o ponto de interrogação pairando sobre seus neurônios. Os motivos, todo mundo já sabe. A única dúvida é se Washington tem mesmo condições totais e plenas de jogar, ou se sua escalação é forçar uma barra. Pelo lado cruzmaltino, Antônio Lopes parece encarar o confronto deslocando o peso para ombros alheios. Tanto que anuncia um garoto que nunca foi titular na lateral esquerda (Pablo, foto acima) e sinaliza com outro no meio (Souza). Bem, seja como for, a presença combalida do “coração valente” e a previsível insanidade do “delegado” vão estar frente-à-frente logo mais. Por todos os aspectos, tenho um palpite, que não passa de palpite mesmo: acho que dá Vasco.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Foto: Gaspar Nóbrega/Vipcomm
Carne nova no pedaço
Gente interessante ingressa agora nas segundonas regionais de 2009. América, no Rio; Juventus, em São Paulo; Ipatinga, em Minas. Um ex-grande, outro sempre intruso e novato metido à besta. Nessa ordem, respectivamente. Lamentável apenas haver um time, neste caso o Ipatinga, na elite nacional. Dependendo da campanha na Série A do Brasileirão, pode, ano que vem, estar na Libertadores e nos nem sempre receptíveis gramados da divisão inferior mineira. Muito contraditório.

domingo, 6 de abril de 2008

Foto: Bruno Campos / Prefeitura de Macaé
Iguais no sucesso
Na contramão de América e Cardoso Moreira caminharam Boavista e Macaé, mas igualmente com muitos pontos em comum. Traçaram um planejamento para o Campeonato Carioca e apenas o clube de Saquarema trocou de técnico: saiu Edinho, que deixou a campanha bem encaminhada, e entrou Mário Marques. Em Macaé, Tita está desde a preparação para a Segundona do ano passado. O alviverde da Região dos Lagos apostou em jogadores experientes sem ainda serem veteranos, com passagens recentes pelos grandes do Rio. Casos de Erivélton, Fábio Braz, Roberto Lopes, Thiaguinho e Faioli (ex-Vasco); Flávio Medina (ex-Botafogo); Hélder e Diogo (ex-Flamengo). No Macaé, tudo bem parecido com a chegada de Cássio, Éverton e Zada (ex-Vasco); Bill (ex-Botafogo); André Gomes, Andrezinho e Bruno Mezenga (ex-Flamengo). Se o Boavista tem (ou teve) o apoio de pesos-pesados da iniciativa privada, como Ponto Frio e LG, o Macaé conta com a ajuda da abastada prefeitura local. Dentro de seus estádios, o aproveitamento foi excepcional. O Boavista empatou um jogo só (1x1 com o Friburguense) e ganhou todos os outros. O Macaé foi além e cravou 100% de aproveitamento no Cláudio Moacyr de Azevedo. E ainda conseguiram alguns pontinhos fora de casa, fundamentais na classificação para a Série C do Campeonato Brasileiro. Que ambos continuem trilhando o caminho do sucesso, agora à nível nacional. O futebol do interior merece.

sábado, 5 de abril de 2008

Foto: Site FerjEquívocos comuns
Teve lógica o rebaixamento de América e Cardoso Moreira no Campeonato Carioca. São muitas as coincidências negativas dos dois clubes num curto período de tempo. Só este ano o América trocou de técnico quatro vezes. Primeiro foi Ademir Fonseca, passou por Jorge Vieira e Amarildo, e terminou com Gaúcho. O Cardoso teve um processo semelhante, que começou na disputa da Segundona, ano passado. A campanha teve início com Rubens Filho, substituído por Mário Marques. Nesta temporada, Charles Guerreiro começou os trabalhos, acabou trocado por Duílio Júnior e a bomba estourou na mão de Jeová Ferreira. Cinco treinadores em aproximadamente oito meses. Outra semelhança: a péssima performance dentro de casa. O América não venceu um joguinho sequer atuando em Édson Passos. E o Cardoso derrotou apenas o Boavista em seus domínios. No intervalo entre a Taça Guanabara e a Taça Rio, os dois clubes trocaram inúmeros jogadores. O América pegou atletas emprestados com Flamengo e Botafogo e dispensou outros tantos. O Cardoso agiu de forma quase idêntica. Se os amigos leitores repararem bem, até os uniformes se equivalem: ambos são alvirubros. Até o fraquíssimo Mesquita, que disputou a fuga da degola até o último instante, teve um destaque: o atacante Leandro Netto, autor de sete gols no Estadual. Dá para apontar alguém em América e Cardoso? Quem? Bruno Carvalho, Válber, Maciel e Fábio Augusto? Ou Neném, Germano...? No futebol não há uma fórmula exata para sucesso ou fracasso. Existem, sim, indicativos. E, neste aspecto, ambos abusaram do direito de brincar com o azar. O América, ao que tudo faz crer, por incompetência mesmo. E o novato e simpático Cardoso, talvez por uma ingenuidade quase infantil de debutante.

Foto: Adriana Lorete/Site do Botafogo
Acorda, Fogão!
Tomara ser só impressão, mas parece que o Botafogo está perdendo o fôlego na reta decisiva do Campeonato Carioca e num momento importante da Copa do Brasil. Espero, sinceramente, que o ilusório massacre no Macaé (aqueles 7x0) e as vitórias sobre os times reservas de Flamengo e Fluminense não tenham surtido um efeito estufa no ego do grupo. Ser a equipe com mais pontos do Estadual, ter o artilheiro temporário e a defesa menos vazada também não são motivos, ainda, para cantar vantagem ou se achar superior. Se o foco nos títulos e a humildade sucumbirem em um momento importante, corre o risco de repetir o desastre do ano passado. Perder para River do Piauí e Boavista de Bacaxá em três dias, apesar de todas as circunstâncias que envolveram os dois jogos, não é tão normal assim. É hora de todo mundo abrir o olho. Ou, do contrário, esfregá-lo depois, de tanto chorar.
Foto: Dialectia Comunicação IntegradaCanoagem na Lagoa

Meu antigo chefe de reportagem na TV Alto Litoral (agora Intertv), Augusto Peres, antes dado apenas a fortuitos passeios com o poodle na orla da praia do Forte, em Cabo Frio, agora divulga algo mais efetivo em termos de movimento muscular. Atuando na Dialectica Comunicação Integrada ao lado da ex-repórter televisiva Andréia Gorito, sinaliza com a assessoria de uma competição de canoagem na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. O release é o seguinte:

"A II Etapa do Campeonato Brasileiro de Canoas Havaianas acontece nos dias 12 e 13 de abril, a partir das 8h, no Estádio de Remo da Lagoa, no Rio de Janeiro. O evento pretende reunir cerca de 400 atletas de diversas regiões do Brasil, na disputa da modalidade OC6 (canoa de seis remadores), nas categorias masculina, feminina, máster e estreante.

Utilizadas há três mil anos pelos povos polinésios, as “canoas havaianas”, eram meio de transporte, sendo responsáveis pela colonização das ilhas do Pacífico. Os barcos eram extremamente simples, funcionais e versáteis. Feitos com ferramentas rudimentares de pedras, ossos e corais, dois grandes pedaços de árvore eram unidos e ganhavam uma vela central, feita de fibra de coco.

As equipes de pioneiros eram cuidadosamente selecionadas, por suportarem vários dias de uma dieta rigorosa. Dava-se preferência a homens fortes, mas com um nível considerável de gordura. Essa prática resultou em um biótipo físico encontrado nas ilhas mais distantes, como no Havaí. A adição de um segundo casco à embarcação aumentou velocidade em alto mar, tornando o instrumento de importância sócio cultural inigualável no oceano Pacífico. Em respeito à história da Canoa Havaiana, vários rituais e tradições são mantidos até hoje: nomes das canoas, comandos e maior parte do glossário mantêm os nomes de origem.

As canoas recebiam o nome de Hokule’a e, apesar da aparência frágil, eram muito mais velozes do que as grandes caravelas dos conquistadores europeus. Outros barcos menores, com apenas um casco (um tronco), eram utilizados em travessias menores e no transporte local: eram as famosas canoas, que até os dias de hoje são utilizadas nos mares da Polinésia e têm estreita relação com a cultura do surf. Atualmente, são usadas em competições por todas as partes do mundo e também para pegar ondas, sobretudo nas ilhas havaianas. O material de fabricação e, claro, as técnicas, mudaram. A fibra de vidro substituiu a madeira em função da proteção ao meio ambiente, ganhando cores variadas. No Brasil, essas canoas começaram a fazer sucesso há 8 anos, um esporte que atrae (sic) centenas de adeptos".


Assim, é por nada, não, mas, de qualquer maneira, valeu pelo e-mail.


quinta-feira, 3 de abril de 2008

Fotos: Márcia Feitosa/Vipcomm

Sufoco no final
Parecia tudo tranqüilo. Um golaço de Jean, no meio do primeiro tempo, e o placar ampliado na etapa final com o vigoroso Eduardo Luiz. Indicativo de vitória e classificação sem sustos. O regulamento da Copa do Brasil, entretanto, privilegia a emoção e não o toque para o lado por achar que o jogo está ganho. O golzinho de Nunes, a quatro minutos do fim, quase joga por água abaixo a calmaria do Vasco. Os 2x1 sobre o Bragantino, agora há pouco, em São Januário, poderiam não acontecer se uma bola vadia de Cris, do time paulista, entrasse no último lance. Seria aquela agonia os pênaltis. Que sirva de lição para as oitavas-de-final.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Foto: Site do Fenerbahçe
Raça, amor e paixão
Quem começou o texto da matéria que relata a vitória do Fenerbahçe sobre o Chelsea com os adjetivos do título do post foi o jornal Lance! Bela sacada. Pinçaram do atual cântico da galera do Flamengo nas arquibancadas do Maracanã para ilustrar a façanha dos turcos, comandados por Zico, o eterno galinho rubro-negro, e com uma legião de brasileiros em campo como o herói Deivid (foto acima). Tem até um campista lá, o lateral esquerdo Vederson - por aqui, na época de Americano, era conhecido pela alcunha de Nunu. Falta pouco para o Fener chegar às semifinais da Liga dos Campeões. Seria para enlouquecer de vez a torcida que, se falasse português, bem que poderia cantar "raça, amor e paixão" também.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Novo tempo
É oficial: Americano, Goytacaz e Rio Branco, depois de anos dependendo quase exclusivamente de verbas da prefeitura de Campos, fecharam nesta terça-feira, em conjunto, um patrocínio milionário com a Petrobras com a duração de cinco anos, prorrogáveis por igual período. Pelo acordo, cada clube passa a receber, já em maio, cerca de R$ 500 mil por mês. A estatal vai estampar sua logomarca nos uniformes de todas as equipes dos três clubes e arcará com 70% da construção (os outros 30% serão divididos entre os clubes, cabendo um percentual de 10% das despesas para cada um) de um estádio municipal, no modelo arena, com capacidade para 40 mil torcedores. A previsão é de que a obra esteja concluída em dois anos. Em contrapartida, os clubes vão desenvolver projetos sociais em suas sedes. A empresa projeta ter cerca de 30 mil crianças e jovens de toda a região Norte Fluminense beneficiados com a parceria, que prevê, entre outros itens, o desenvolvimento de diversas modalidades esportivas. Bem que poderia ser verdade, não? Pena que hoje, dez e tanta da noite, ainda é dia primeiro de abril.
Foto: Site da BBC
Bola pra frente
Muito legal a atitude dos dirigentes do Botafogo em dar uma chance a Josimar na comissão técnica. É meio que um misto de reconhecimento pelo que ele fez ao clube e solidariedade a um ser humano que passa necessidades básicas. O MUMUNHA torce para que ele agarre a oportunidade como a maior chance de sua vida, e talvez uma das últimas, de dar um belo drible nas agruras que vinha amargando. Em junho do ano passado Josimar esteve em Macaé, participando de um torneio de Show Ball com a camisa do alvinegro carioca. Na época, o NA REDE, jornal deste blogueiro e do companheiro Leandro Nunes, fez uma matéria com o antigo lateral. O texto, segue abaixo.

Por Álvaro Marcos Teles

A vida de Josimar dá um livro. E com reviravoltas impressionantes. Da infância pobre, no Rio de Janeiro, ele chegou ao auge da carreira de jogador de futebol em 1986, quando disputou a Copa do Mundo do México. Autor de dois gols incríveis, foi eleito o melhor de sua posição. Influenciado por más companhias, acabou se envolvendo e abusando de álcool e drogas. Chegou a ser preso, anos mais tarde, por porte de entorpecente.

Conheceu, de perto, o fundo do poço. Agora, aos 45 anos, tenta reconstruir a vida comandando um centro social em Guadalupe, subúrbio do Rio. Apesar das idas-e-vindas, continua sendo reconhecido e idolatrado, principalmente pela torcida do Botafogo, clube que o revelou. E lembrado, sempre, como o autor de dois dos gols mais sensacionais da história das Copas do Mundo. Seus únicos, aliás, com a camisa da Seleção.

Josimar chegou ao time profissional do Botafogo em 1981. Cinco anos mais tarde foi a opção encontrada pelo técnico Telê Santana para a vaga de Édson Boaro, que, machucado, foi cortado da lista de convocados para defender o Brasil no Mundial. Lateral de estilo vigoroso e veloz, ele encantou o mundo ao balançar as redes contra a Irlanda do Norte e a Polônia em lindos chutes que tiveram proporções espetaculares.

Em 1989, Josimar entrou definitivamente para a história do Botafogo. Ele integrou o elenco campeão carioca. O título representou a quebra de um jejum de 20 anos. Na seqüência da carreira foi para o Flamengo, onde teve passagem rápida e discreta, sem marcar nenhum gol. Era o início de um período complicado em sua vida. Esteve ainda no Internacional de Porto Alegre e seguiu viagem para a Espanha, onde defendeu por curto período o Sevilla.

Na volta ao futebol brasileiro, pouco tempo depois, a decadência era evidente. Rodopiou por Bangu, Novo Hamburgo e Uberlândia. Em 93 foi parar atrás das grades ao ser flagrado com drogas. Era novamente manchete, só que, desta vez, das páginas policiais. Tentou reconstruir a vida no desconhecido Baré, de Roraima, região Amazônica. Ainda esteve no Rio das Ostras e no Coelho da Rocha, ambos do estado do Rio de Janeiro, antes de encerrar a carreira, aos 39 anos, no Mineiros da Venezuela.

Josimar é pai de três filhos, um deles com o mesmo nome, também lateral direito e que joga nas divisões de base do Botafogo com a mesma volúpia apresentada pelo progenitor. “O nível do futebol brasileiro está excelente. Tem sempre surgido novos valores e os jogadores veteranos também estão atuando bem. Acho que o momento é muito bom”, comentou o antigo lateral, hoje convertido a uma religião evangélica. Uma lição do esporte, Josimar guardou para sempre: a fé em dias melhores.