Foto: Site Botafogo
Na péssima fase do Botafogo, o menos culpado é o técnico Ney Franco. Trabalhador e estudioso, já extraiu o máximo dos limitados jogadores. Mudou várias vezes a equipe, trocou o mesmo atleta de posição (caso de Leandro Guerreiro, por exemplo), testou jovens revelações... O problema está na qualidade do elenco para a disputa de uma competição mais forte que o Campeonato Estadual. Era nítido que o grupo vice-campeão Carioca seria frágil para o Brasileirão. Nenhum reforço de peso foi contratado. Apenas gente que serve, no máximo, como segunda ou terceira opção, como os atacantes Tony e Jean Coral. A esperança para resolver o crônico drama da lateral esquerda é um tal Michael, desconhecido da maioria, mas com passagens por Palmeiras, Santos e Dínamo de Kiev no currículo. Até nisso o Botafogo não tem sorte. Consegue antecipar a inscrição do rapaz na CBF, mas ele se machuca e já está há três rodadas, mesmo com condições jurídicas de entrar em campo, entregue ao departamento médico. Urgentemente o time precisa de um lateral direito, um zagueiro alto e firme, um meia criativo e um centroavante "matador" para atuar ao lado de Victor Simões. Sem reforços imediatos, o alvinegro vai continuar a inglória luta para não cair até o final da competição. Agora não é hora de a diretoria e o fundo de investimentos criado recentemente pensarem em comprar apenas jogadores com menos de 24 anos e com potencial para negócios futuros. É preciso gente que possa chegar, vestir a camisa e jogar. Estamos apenas na oitava rodada e a equipe já ocupa a penúltima posição depois da vexatória goleada sofrida diante do Goiás, ontem, em pleno Engenhão, por 4x1. Dependendo do resultado do Sport, logo mais, pode amanhecer amanhã na lanterna. Uma situação inimaginável até para o mais pessimista torcedor. E Ney Franco, coitado, como se diz na gíria, não consegue fazer limonada sem limão.
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