domingo, 4 de maio de 2008

Foto: Site do Botafogo
Foto: Agência Vipcomm
Inventor e prático
Criatividade pode ser sinônimo de vitórias. Pode. Ou não. Com certeza, serve para destacar-se, chegar a um patamar, digamos, diferenciado. É o caso de Cuca, no Botafogo. Somado a um fino trato com a imprensa, postura de bom moço, pose de paizão com os jogadores, ar de intelectual da bola, o treinador do Botafogo faz esconder suas fraquezas. A maior delas, curiosamente, é justamente a quase eterna mania de inventar jogadores e situações. O que, em primeira análise, poderia ser confundido justamente com...criatividade! E, se desse certo, haveria o batismo sonhado pelo técnico. Cuca tem virtudes inquestionáveis. Trabalha sério, duro, retira muito de seus comandados - até o desdobramento de funções e uma entrega comovente. Quase tudo muito bonito. Quase. Não fosse uma tentativa sucessiva de tirar o coelho da cartola, para, em caso de sucesso, ser apontado como gênio tático. Escalar constantemente zagueiro, volante e até atacante na lateral; improvisar em outros setores e acreditar em atletas tecnicamente fracos beira a teimosia desenfreada. Resultado: deu Joel Santana e sua prancheta. Ou, traduzindo: o sujeito prático, que manda o time atacar quando está em situação adversa e defender na hora que tem uma boa vantagem. É isso, Cuca. Vê se aprende. Você pode. Basta simplificar.

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