segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Foto: Márcio Rodrigues/FOTOCOM
Complexo de inferioridade
Tá virando neurose no Botafogo: todo jogo importante em que o time tem resultado adverso a culpa é da arbitragem. O problema do clube, em geral, realmente é fora das quatro linhas. Há uma espécie de resposta pronta coletiva para os insucessos. E sempre tende para o mesmo lado: atacar juízes e bandeirinhas. A diretoria, e agora os jogadores também, conseguem até enxergar uma ação orquestrada contra o alvinegro. Existe uma corrente na psicologia que explica isso de forma simples e objetiva. Segundo a teoria, arranjar sempre uma desculpa para os problemas é como pôr uma cortina de fumaça de forma a encobrir os próprios erros para não precisar combatê-los de frente. Parece o caso do Botafogo. Ontem o time jogou o que podia, fez um bom primeiro tempo e perdeu a cabeça antes de ser derrotado pelo Flamengo. Nos lances cruciais, não houve qualquer interferência do apito. Ferrero quase arrancou a camisa de Fábio Luciano dentro da área. Não queriam que o pênalti fosse marcado? Zé Carlos se estranhou com Souza e os dois receberam o justo cartão vermelho. E Lúcio Flávio deu um pontapé por trás, lance de expulsão direta – e ele já tinha o amarelo. Este foi o terceiro clássico do Botafogo em 2008. Em todos a equipe não conseguiu chegar ao fim dos 90 minutos com 11 jogadores em campo. O mesmo Zé Carlos havia sido encaminhado para o chuveiro mais cedo contra o Vasco. Na semifinal foi a vez de Triguinho deixar o time com menos um ao fazer falta besta e desnecessária no ataque. De longe, dá para concluir que o destempero e o nervosismo dos dirigentes estão chegando às pontas das chuteiras. De todo o chororô do Botafogo desde o ano passado, a única reclamação com razão de ser foi a atuação da Ana Paula Oliveira diante do Figueirense. Ela foi afastada dos gramados e tirou a roupa para a Playboy. E o Botafogo se vestiu de uma imensa mania de perseguição.

Um comentário:

Blog Vitor Longo disse...

Caro amigo Álvaro Marcos,
O Mengão é de chegada. Foi um sarro ver todo aquele chororô alvi-negro.
Saudações Rubro Negras.
Um abraço.
Vitor Longo Braz